Guerrilheiro Virtual

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Governo brasileiro monitora agravamento dos conflitos na Síria

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, reiterou nesta segunda (23) que o agravamento da tensão na Síria é “monitorada” pelo governo do Brasil com atenção por meio de relatos de brasileiros e estrangeiros que estão no país.

Segundo ele, há expectativa em torno da negociação para aprovar, no Conselho de Segurança das Nações Unidas, a manutenção dos observadores estrangeiros na região até o final de agosto. 

Desde sexta-feira (20), a Embaixada do Brasil na Síria funciona parcialmente. A maior parte dos serviços passou a ser feita nas representações do Brasil em Beirute, no Líbano, e em Amã, na Jordânia. A transferência do embaixador do Brasil em Damasco, Edgard Casciano, dos diplomatas e de algumas atividades ocorreu por motivos de segurança, segundo Patriota.

O representante do governo brasileiro para os Assuntos de Oriente Médio, embaixador Cesário Melantonio Neto, disse à Agência Brasil que a comunidade internacional atua para evitar a adoção de medidas que possam aumentar o “clima de apreensão”, semelhante ao que houve na Líbia no ano passado. “O potencial de desestabilidade na Síria é imenso, basta observar os vizinhos”, disse.

A Síria está próxima do Líbano, da Turquia, da Jordânia, de Israel e do Iraque – todos países que constantemente estão em alerta por tensões internas e externas. O embaixador chegou ontem (22) dos Estados Unidos, onde participou das reuniões de um grupo trabalho sobre Oriente Médio cujo tema principal foi Síria.

“O Brasil e vários países trabalham para tentar buscar uma saída pacífica (...) e evitar um derramamento de sangue maior do que o que vem ocorrendo”, disse Melantonio Neto, primeiro representante do Brasil na Liga Árabe (integrada por 23 países).

“O temor é que o fluxo de armas, por meio das fronteiras, aumente, uma vez que essas regiões foram tomadas por vários grupos”, disse o embaixador. “O receio é que a militarização dos conflitos aumente ainda mais principalmente se o poder for tomado por grupos radicais.” Nesta segunda, a Síria informou que jamais usaria seu arsenal no conflito interno, mas que apenas serão usadas em caso de agressão externa.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

”Sendo este um espaço democrático, os comentários aqui postados são de total responsabilidade dos seus emitentes, não representando necessariamente a opinião de seus editores. Nós, nos reservamos o direito de, dentro das limitações de tempo, resumir ou deletar os comentários que tiverem conteúdo contrário às normas éticas deste blog. Não será tolerado Insulto, difamação ou ataques pessoais. Os editores não se responsabilizam pelo conteúdo dos comentários dos leitores, mas adverte que, textos ofensivos à quem quer que seja, ou que contenham agressão, discriminação, palavrões, ou que de alguma forma incitem a violência, ou transgridam leis e normas vigentes no Brasil, serão excluídos.”