Guerrilheiro Virtual

sexta-feira, 8 de junho de 2012

“A ALIENAÇÃO, A SUBMISSÃO DO PAÍS AO ESTRANGEIRO É CRIME DE CONSEQUÊNCIAS INCALCULÁVEIS”

Fernando Henrique Cardoso sob o comando de Tio Sam

A OFENSIVA NEOLIBERAL E O DESMONTE DO ESTADO BRASILEIRO

“Para o jurista Fábio Konder Comparato, a submissão do país ao estrangeiro é crime de consequências incalculáveis. É indispensável que todos esses homens sejam processados perante tribunal popular e condenados à indignidade nacional.

Por Renato Godoy Toledo

A partir da década de 1990, o Brasil iniciou o processo de “ diminuição do papel do Estado” na economia. O plano de privatizações foi a principal marca do período, inspirado fortemente as ações da dupla Ronald Reagan (presidente dos EUA entre 1984 e 1988) e Margareth Tatcher (primeira-ministra da Inglaterra entre 1979 e 1990).

Com o predomínio de governos conservadores na América Latina, alinhados às políticas do Fundo Monetário Internacional (FMI), Fernando Collor iniciou o processo de desestatização. Porém, o auge da política privatista se deu sob o comando de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).

Os anos de governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC) foram marcados por vendas de empresas estatais a preços [muito] abaixo do mercado. Logo no início do governo, FHC nomeou o seu ministro, José Serra (PSDB), para a função de chefe do Programa Nacional de Desestatização, que comandou a venda de empresas estatais ao capital privado estrangeiro.

Ao todo, dez empresas brasileiras foram vendidas. Somadas as empresas privatizadas em parceria com governos estaduais pró-FHC, foram mais de 25 desestatizações.
 
A Companhia Vale do Rio Doce, por exemplo, foi vendida em 1997 por 3,3 bilhões de dólares, em um leilão marcado por obscuridades e questionamentos na Justiça. Os compradores ainda contaram com empréstimos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Os movimentos sociais denunciam que a venda da mineradora foi feita por valor muito abaixo do que o mercado estima. Atualmente, calcula-se que o valor da empresa seja de quase 200 bilhões de dólares.

O governo FHC também sinalizou que pretendia privatizar a Petrobras. O então ministro das Comunicações e homem forte do governo, Sérgio Motta, afirmou que a gestão tucana planejava desmontar a petroleira “ osso por osso”. O nome da empresa chegou a ser mudado para “Petrobrax”, para tornar a marca mais atrativa para uma possível venda. Após as críticas dos petroleiros e da sociedade, o governo voltou atrás.

Para o jurista e professor da Universidade de São Paulo, Fábio Konder Comparato, os tucanos deveriam responder judicialmente pelas privatizações que realizaram. “A grande responsabilidade do governo FHC não é ter levado a uma piora da situação econômica e social do país. Outros governos, no passado, também fizeram isso. O que é imperdoável é a entrega do país ao estrangeiro, de pés e mãos atados. Essa é ação infinitamente mais danosa do que todas as corrupções. A alienação, a submissão do país ao estrangeiro é crime de consequências incalculáveis. É indispensável que todos esses homens sejam processados perante tribunal popular e condenados à indignidade nacional”, disse o jurista em entrevista ao jornalista Nilton Viana, na época do governo FHC.”

FONTE: jornal “Brasil de Fato”. Transcrito no portal “Vermelho”  (http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=185295&id_secao=1) [imagem do Google adicionada por este blog ‘democracia&política’].

Nenhum comentário:

Postar um comentário

”Sendo este um espaço democrático, os comentários aqui postados são de total responsabilidade dos seus emitentes, não representando necessariamente a opinião de seus editores. Nós, nos reservamos o direito de, dentro das limitações de tempo, resumir ou deletar os comentários que tiverem conteúdo contrário às normas éticas deste blog. Não será tolerado Insulto, difamação ou ataques pessoais. Os editores não se responsabilizam pelo conteúdo dos comentários dos leitores, mas adverte que, textos ofensivos à quem quer que seja, ou que contenham agressão, discriminação, palavrões, ou que de alguma forma incitem a violência, ou transgridam leis e normas vigentes no Brasil, serão excluídos.”